2012
Como é bom aprender!
Coisa mais linda é ver meus alunos curtindo a leitura em sala de aula...
Confira ai uma parte da produção para Feira do Conhecimento...
No estudo dos gêneros textuais, vimos a brincadeira popular cantada "Cadê o toucinho que estava aqui?" . Levei para a sala de aula duas bandejas: uma com docinhos de leite ninho e outra com forminhas de doce porém, vazias. Cheguei mais cedo e guardei no armário a bandeja com os doces para que os alunos não vissem. Organizei as carteiras em círculo e coloquei uma mesa no meio da sala; deixei lá a bandeja cheia de forminhas vazias. Iniciei a aula dizendo que faríamos um trabalho muito gostoso e que tudo que aconteceria ali faria parte de uma construção coletiva embora parecesse brincadeira. Então disse aos alunos que no final de semana fiz docinhos para eles; contei sobre os ingredientes da receita e o modo de fazer, relembrei esse gênero textual. Depois, fui até a mesa com a bandeja de forminhas e comecei a levantar o pano de prato que a cobria. Fiz uma tremenda cara de espanto quando terminei de tirar o pano de prato de cima da bandeja e indaguei: "Cadê os docinhos que estavam aqui?" A partir disso os alunos foram levantando hipóteses sobre o que teria acontecido. Para concluir, entreguei a cada um deles um folha com a brincadeira original impressa. As produções finais serão expostas na Feira do Conhecimento no dia 22 de outubro. Venha conferir!
Ah! Claro! Degustamos no final da atividade, saborosos docinhos de leite ninho! Hummmm...!
Anotei no quadro as palavras CALÇA, BOLSA, PÁSSARO. Elas apresentam o fonema [s] que é representado em cada palavra de maneira diferente (Ç, S, SS). Propus uma brincadeira: pedi que listassem abaixo delas outras palavras que conhecem para estarem no mesmo grupo. Marquei o tempo e a turma se concentrou!
Ao final, tinha um levantamento de palavras que, ao falarmos, produzem o som [s]. Meu intuito nesta brincadeira era fazer com que os alunos prestassem atenção no aspecto sonoro das palavras e identificassem o fonema que está sendo trabalhado. Desafiei os alunos a explorarem e perceberem o que acontece quando eles falam este som na palavra. Quando você diz [s] o que você faz com sua boca? E com sua língua? E com os seus lábios? Usei as palavras da brincadeira e fiz esse exercício de análise com os alunos.
Após este momento, desafiei-os novamente. Falei várias palavras com som de S listadas por eles e introduzi outras com som de Z como azeite, taxi, casinha, asa... e os alunos deveriam bater palmas quando ouvissem o som [s]. O objetivo era que eles conseguissem perceber a presença do fonema que está sendo analisado. Percebi nessa brincadeira que os alunos batiam palmas nas palavras escritas com S conhecidas por eles e que tinham som de Z pois pensavam em sua grafia. Eles amaram a brincadeira!
Depois de focalizar apenas o aspecto sonoro da palavra, trabalhei a grafia. Pedi aos alunos que lessem as listas produzidas inicialmente e fui fazendo intervenções na maneira de grafar as palavras de acordo com o som produzido e abordando regras do S. Pedi para que analisassem e comparassem o som e a grafia das palavras LAÇO – PASSARINHO – PESCARIA chamando a atenção para o caráter ortográfico da língua portuguesa. Perguntei para os alunos o que eles pensam sobre a maneira que escrevemos: podemos usar a letra que pensamos? Cada um poderia usar as letras que quisessem? Que consequências isso pode ter? Mostrei a eles palavras como conserto/concerto, manga (roupa)/manga (fruta)... e perceberam que precisamos do conhecimento ortográfico para nos auxiliar no processo de escrita das palavras para que o texto produzido seja entendido corretamente. Em nossa língua há correspondências regulares e irregulares entre grafemas e fonemas. O foco desta aula foi trazer à consciência o aspecto irregular, provocando a dúvida ortográfica diante de palavras que apresentam um som e várias formas de grafá-lo.
7/6/11 - POESIA E POEMA
Poesia é a expressão de um sentimento, como por exemplo o amor. Vários poemas falam de amor. O poema, é o seu sentimento expressado em belas palavras, palavras que tocam a alma. Poesia é diferente de poema. O poema é a forma que se está escrito (versos e estrofes) e a poesia é o que dá a emoção ao texto.
Os poemas narrativos, de longa extensão, eloquentes, abordando temas como a guerra ou outras situações extremas são chamados de Épicos. Os poemas muito curtos, podendo querer apenas retratar um momento, um pensamento ou emoções, são chamados de Líricos. Uma característica marcante do texto Lírico é a musicalidade, ou seja, a exploração da sonoridade e do o ritmo.
A poesia pode fazer uso da chamada licença poética, que é a permissão para extrapolar o uso da norma culta da língua, tomando a liberdade necessária para recorrer a recursos como o uso de gírias e desvios da norma ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada.
As turmas do 4º ano criaram poemas sobre Abraão. Confira alguns!
Abraão
Por João Paulo
Abraão era um homem bom e justo
Ele obedecia sem custo
A casa de seu pai deixou
e no caminho muito orou
Quando chegou no Egito
Iriam o "tortura"
Mas com Deus
Isso não dá
Deus agiu e Abraão descansou
Um filho Abraão ganhou
Quando quase o sacrificou
Obediência mostrou
Um cordeiro Deus mandou
Seu sofrimento terminou
Abraão
Por Samuel Soares
Abraão acreditou
não duvidou
Teve um filho chamado Isaque
e quase o sacrificou
Chegando no altar
Isaque foi matar
Os anjos vieram anunciar
que Isaque não não morrerá
Deus viu que Abraão era obediente
Também era temente
Êita homem crente!
Abraão
Por Hugo
Abraão era obediente, muito inteligente
Era justo, não desobedecia, era crente
Sara gostava dele, era sempre obediente
era aquela paciente
Eles iam para Canaã, o destino que Deus escolheu
No deserto, de seu sobrinho Ló se separou
e perto de Canaã Hagar engravidou
era o irmão de Isaque, Ismael
Abraão
Por Isabela Mendes
Abraão era um homem de oração
Queria muito um filhão
Ele acreditou nas promessas do Senhor
E não duvidou do que Deus lhe falou
Mesmo sendo tão velhinho
O Senhor deu a ele um bebezinho
Muito tempo se passou
E um rapazinho virou
Até que um dia Deus mandou "sacrifica"
Deus o testou
Abraão foi obediente
e Deus deixou pra lá
Ortografia - Estudo: o uso do “e” e do “i” no final de palavras que terminam com o som de “i”
Observamos em sala de aula que nossos alunos escrevem algumas palavras da forma como pronunciam. É preciso, então, que sejam desenvolvidas intervenções sistemáticas para que as crianças possam superar essa hipótese e aprender que nem sempre a relação entre um fonema e um grafema equivale a uma correspondência única (cada letra com seu som, cada som com uma letra). Existem também relações intermediadas por regras, que devem ser compreendidas pelos alunos (ortografia). Uma vez compreendidas as regras, a criança poderá se valer dela para escrever qualquer outra palavra que corresponda a essa regra.
Distribui à turma uma lista com as seguintes palavras:
COME, CAFÉ, ZEZÉ, DENTE, TAPETE, ESMALTE, VERDE, LOTE, TOMATE, CAFUNÉ, PRESENTE, CHAMINÉ, CHICLETE, SABONETE, DESODORANTE, ALFINETE, BEBE, PONTE, UNIFORME, ELEFANTE |
Pedi às crianças que lessem as palavras e depois, em ½ folha de ofício colorida que entreguei dividida em quatro colunas, descobrissem uma forma de classificá-las em dois grupos, sendo escritas na 1ª e 3ª colunas. Nessa atividade levei os alunos à reflexão.
As palavras pertencentes a cada um dos grupos foram escritas em forma de lista com letra legível na 1ª coluna (grupo 1) e na 3ª (grupo 2). Perguntei: “O que todas as palavras têm em comum?” “Em que essas palavras se diferenciam?” Foi necessário chamar atenção para o aspecto que desejava enfocar: apesar de todas as palavras terminarem com a letra E, há palavras que são pronunciadas com o som de /i/, pois alguns alunos fizeram classificações como "começam com a mesma letra" / "terminam com a mesma letra" / "mais letras" / "menos letras".
Ao final, pedi às crianças que levantassem hipóteses em relação à pergunta: “Por que há palavras que são pronunciadas com o som de /i/ e escritas com a letra E?” Depois de argumentarem, para ajudar na análise, solicitei que na 2ª coluna separassem as palavras que estão no Grupo 1 em sílabas e na 4ª coluna separassem as palavras do Grupo 2 em sílabas. Depois de separadas em sílabas pedi que circulassem a mais forte. Os alunos então perceberam que o som de /i/ fraco (átono) em fim de palavras é representado ortograficamente pela letra E.
Em seguida, pedi aos alunos que escrevessem as palavras CAFÉ e TOMATE e listassem outras palavras que pudessem ficar na lista de acordo com a terminação. Meu objetivo nesse momento era sistematizar e praticar a regra que aprenderam.
No dia seguinte, para verificar se memorizaram a regra, entreguei uma ficha com as seguintes palavras pedindo que a completassem:
TRIST____ PEIX____ PENT____
ALEGR____ ABACAX____ ESPORT____
Após completarem a tabela, perguntei às crianças: “Por quê ABACAXI pronuncia-se com o som /i/ e é escrita com a letra I e o mesmo não acontece com a palavra PEIXE, pronunciada com o som /i/e escrita com a letra E"?
Após o debate, pedi que separassem as palavras em sílabas e circulassem a mais forte. Incentivei-os a perceberem qual a diferença entre as palavras terminadas com a letra E e com a letra I.
Fizemos o registro: No final de palavras, o som / i/ átono (fraco) é representado com a letra E e o som /i/ tônico (forte) é representando com a letra I.
Para concluir esse estudo, fizemos um bingo de palavras.
Entreguei para cada aluno uma tabela para que ele escolhesse e escrevesse 20 palavras das 30 que ditei.
Palavras que foram ditadas: ponte, aqui, filme, rubi, rinoceronte, sorri, elefante, boi, peixe, dividi, cidade, menti, longe, guri, cisne, papai, uniforme, parti, tomate, abacaxi, dente, caqui, noite, jabuti, hoje, comi, bife, lambari, telefone, bisturi.
Depois sorteie as palavras ditadas. Quem tinha a palavra escrita em sua tabela, deveria assinalar fazendo um X no canto sem tampar a palavra. O primeiro a marcar todas as palavras de sua tabela deveria levantar a mão e avisar: Bingo!
Então eu verificava se as palavras estavam escritas de forma correta. Se estivessem incorretas, o jogo prosseguia e o aluno tinha a oportunidade para fazer a correção pensando sobre a regularidade.
Terminado o jogo, fizemos a correção coletiva das palavras e o registro de como chegaram a este momento.
BINGO DE PALAVRAS
Hoje fizemos um bingo de palavras.
A professora ditou vinte e cinco palavras com a letra E e I no final. Das palavras ditadas deveríamos escolher vinte palavras e escrevê-las em uma cartela que recebemos da professora.
Depois que escrevemos as palavras ditadas pela professora, ela as sorteou. Quem tinha a palavra sorteada em sua tabela, deveria assinalar com um (X).
O primeiro a assinalar todas as palavras de sua tabela levantou a mão e gritou: Bingo! A professora veio até nossa carteira para conferir se estava tudo certo. Ela fez dessa forma até aparecer o quarto colocado.
Quando terminou o bingo nossa professora escreveu as palavras que foram sorteadas na lousa para copiarmos no caderno de Língua Portuguesa.
Veja a minha cartela e as palavras que consegui assinalar. (Cada aluno colou sua cartela).
Minha opinião sobre esta atividade é ... (Cada aluno completou e justificou).
Ortografia - Estudo: uso das letra "C" e "QU"
Dividi a sala em grupos. Distribui para cada aluno dos grupos uma ficha de palavras formadas pelas letras C ou QU e uma cartolina dividida em três colunas.
Queijo, quiabo, cenoura, jacaré, cinto, macaco, caqui, jaca, correr, copo, pequeno, pouco, brincadeira, pequi, bacia, parque, cinema, quitanda, queimada, cachorro, corrida, ataque, basquete, quinta-feira, coração, cebola, paciência, tecido, receita, quilo, colher, camisa, quantidade, cereja, certeza, cedo, cimento, construção, cidade.
Pedi aos alunos que lessem as palavras e dissem as diferenças e semelhanças entre elas. As crianças perceberam que todas as palavras usam C ou QU. Orientei a discussão por meio das perguntas:
- O que essas palavras têm em comum?
- Em que essas palavras se diferenciam uma das outras?
Em seguida, lancei o seguinte desafio: Cada grupo deveria dividir as palavras entre as três colunas da cartolina, escrevendo-as de acordo com o som produzido pelas letras C e QU em diferentes contextos, ou seja, quando a letra C está acompanhada das letras A, O e U; quando é seguida pelas letras I e E e quando as letras QU estão juntas com as letras E e I. Durante a atividade, incentivei os alunos a perceberem essas questões. Ao final, pedi a um integrante de cada grupo que dissesse os critérios que orientaram a classificação das palavras, fazendo as seguintes perguntas:
- “Por que vocês dividiram as palavras dessa forma?”
- “Por que a palavra MACACO E CINEMA não ficaram na mesma coluna?”
- “Qual o som da letra C, quando vem acompanhada das letras E ou I?”
- “E quando é acompanhada das letras A, O ou U?”
Ao classificar as palavras e discutirem sobre as possibilidades de agrupá-las, os alunos prestaram atenção nos valores sonoros que as letras C e QU assumem em diferentes casos.
O registro foi feito oral e coletivamente primeiro para que aqueles que possuem dificuldades em registrar autonomamente tenham a oportunidade de refletir mais um pouco escutando os colegas; depois escreveram as descobertas no caderno.
- Quando a letra C é acompanhada das letras E ou I, fica com o som de "S".
- A letra Q sempre é usada seguida da letra U e acompanhada das letras E e I fica com som de "K".
- Quando a letra C é acompanhada das letras A, O e U, fica com o som de "K"
Ortografia - Estudo: uso das letras "r" e "rr"
Ortografia - Estudo: uso das letras "ão" e "am"
